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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Abner: estuprador e pedófilo pede para morrer na prisão e vira notícia até em Portugal

O Carioca Abner Machado Pereira Neto, de 39 anos, conhecido recentemente como o estuprador do Geisel, agora também é notícia fora do país. O Jornal de Portugal Correio da Manhã traz notícia nesta segunda-feira (01) sobre o caso. Na matéria intitulada 'Pregador e Pedófilo', o jornalista Domingos G. Serrinha, correspondente do Brasil conta que Abner pediu para ser morto na prisão, 'por ter se afastando de Jesus'.

Leia abaixo a matéria na íntegra:

Brasil: Violador em série

Pregador era pedófilo

Um carioca residente no estado brasileiro da Paraíba e que parecia dedicar a sua vida ao bem, fazendo pregações evangélicas e campanhas contra o uso de droga, principalmente por crianças e adolescentes, foi preso depois de a polícia paraibana ter descoberto que ele tinha uma outra faceta, maléfica e assustadora. Abner Machado Pereira Neto, publicitário de 39 anos, foi preso na região de Campina Grande, a segunda maior cidade da Paraíba, acusado de ser um dos mais cruéis violadores em série de crianças já descobertos.

Ele já foi reconhecido por 13 crianças, com idades entre os cinco e os 14 anos, mas a polícia acredita que possa ser o autor de vários outros abusos sexuais e assassínios ocorridos nos últimos tempos na cidade de João Pessoa, capital do estado, onde ele vivia e os crimes foram cometidos antes de fugir para Campina Grande. A brutalidade que Abner usava contra as suas vítimas indefesas era tanta que a inspectora que assumiu o caso após a prisão dele, Joana D’Arc, não suportou e desmaiou ao ver as imagens dos abusos que o acusado guardava no seu computador portátil, apreendido pela polícia.

Segundo o tenente-coronel Sousa Neto, que comandou a equipa que foi à cidade de Lagoa Seca, vizinha a Campina Grande, prender Abner, nas inúmeras horas de imagens gravadas no portátil, o publicitário exibia um largo sorriso e um indisfarçável ar de felicidade enquanto abusava das suas vítimas com indescritível violência.

CONFISSÃO DETALHADA

Numa impressionante e longa entrevista a repórteres depois de chegar à central de polícia de João Pessoa, o próprio Abner fez questão de narrar com detalhes os horrores que inflingia às meninas, que escolhia nas ruas da capital. Fazendo muitas citações religiosas, ele justificou os seus crimes alegando que os cometia porque não conseguia resistir a uma voz que ecoava dentro da sua cabeça mandando-o abusar das crianças, o que fazia, ainda segundo ele, depois de usar droga.

Quando a voz mandava, contou ele de forma bem articulada e sem hesitações, escolhia aleatóriamente uma menina por quem passasse na rua e, fingindo ser polícia, convencia-a ou forçava-a a subir na mota dele e levava-a para uma casa que tinha alugado no bairro do Cristo, na capital paraibana.

Era nesse local, aparentemente alugada para esse fim, que as vítimas viviam um circo de horrores que durava muitas horas e, em alguns casos, vários dias. Com uma arma nas mãos, Abner obrigava as vítimas a ingerirem álcool e medicamentos disfarçados em refrigerantes, o que as deixava meio sonolentas, e depois abusava-as de forma brutal e repetitiva.

Sempre de acordo com o relato que ele fez aos jornalistas e com outras informações fornecidas pela polícia de João Pessoa, Abner, além de usar de extrema violência nas violações, era insaciável. Quando as vítimas, bastante feridas pelos abusos, sangravam com abundância, mandava-as tomar banho, ou ele mesmo lhes dava, se elas não conseguissem mexer-se, e depois voltava a abusá-las. Tudo isso intercalado com espancamentos, outra coisa que, de acordo com as autoridades, o deixava feliz.

MONSTRO PEDE PARA MORRER

A certa altura da entrevista, o próprio Abner se classifica como um monstro. Depois, faz um pedido que deixou todos boquiabertos: considerando-se indigno de continuar neste mundo por se ter afastado de Jesus, o maníaco confesso pediu que alguém o mate dentro da prisão para onde deve ser transferido ainda nesta segunda-feira.

O publicitário, que foi do Rio de Janeiro trabalhar na Paraíba, no nordeste do Brasil, e que, pela boa aparência e fácil comunicação, ganhava facilmente a confiança das pessoas, foi preso por suspeita de ter abusado sexualmente de duas meninas, de 11 e 14 anos, no mês de Julho. Mas, após a entrevista e a enorme exposição nos media, outras 11 vítimas, uma delas de apenas cinco anos, reconheceram Abner como o homem que as tinha violado e foram com as famílias à central de polícia fazer as denúncias.

Ele é suspeito de ter abusado ainda de outras crianças em João Pessoa, e também de uma mulher de 28 anos em Campina Grande, até agora a única vítima adulta, e de ter assassinado, no passado dia 11, a menina Rebeca Cristina, encontrada morta numa praia de João Pessoa e cujo corpo apresentava sinais de muita violência física e sexual.

Uma menina de 11 anos violada por Abner um dia antes de o corpo de Rebeca ter sido encontrado, contou à polícia que sofreu nas mãos do publicitário sevícias semelhantes às que os agentes apuraram terem sido praticados contra a adolescente assassinada. Além disso, um comerciante que tinha contratado o publicitário para um trabalho de design, informou a polícia que, coincidentemente, Abner desapareceu e desligou os telemóveis no dia em que Rebeca foi encontrada e a polícia fez uma grande mobilização em João Pessoa para tentar identificar e capturar o seu assassino.

Correio da Manhã